31 de jul. de 2010

Uma borracha que atrai violência

Apesar de bonitinha e atrativa, elas CHAMAM  a atenção de pessoas MAL intencionadas

por André Coimbra

Quando Silvia comprou as primeiras pulseiras para as filhas, ela não fazia idéia de que havia um significado por trás daquele pedaço de borracha. “Fiquei pasma. Chocada. Quem iria pensar que umas pulseirinhas, até bonitinhas, tinham essa conotação sexual?”, comentou. Ela é mãe de três adolescentes e só soube do significado sexual pela enteada. Silvia conta que conversou com as meninas e todas concordaram em jogar as pulseiras fora.

O snap, como é chamado em inglês, é um jogo criado nos anos 80 por jovens ingleses. A idéia  é passar uma mensagem sobre o que o usuário estaria disposto a fazer. Quem se interessasse, poderia quebrar a pulseira e obter, assim, o “prêmio prometido”.  Aqui no Brasil, a história foi outra...

Na comunidade da Vila Andrade as pulseirinhas coloridas chegaram de repente e inundaram as lojas e os camelôs.  A princípio todos acharam que a nova moda era simplesmente estética. Somente depois que a televisão falou sobre o snap é que a coisa mudou. Todos ficaram escandalizados com o caso da adolescente de Londrina que foi estuprada porque usava uma pulseirinha destas.

E não foram apenas os jovens que foram pegos de surpresa! Valéria Oliveira é auxiliar de educação em uma das principais escolas públicas do bairro. Ela conta que notou que a adesão na escola era grande, todos usavam a pulseira. Intrigada com a moda foi pesquisar na internet e descobriu o snap. Foi com surpresa que ela notou que os alunos usavam a pulseira como um enfeite e não como parte do jogo.  “Em um primeiro momento eu divulguei o significado para toda a escola. Orientei e aconselhei os alunos a não usar as pulseirinhas! Inclusive os pais”, disse Valéria.  Como o uso das pulseiras virou polêmico, a escola decidiu proibir o uso.  Não houve incidentes na escola, mas na comunidade é fácil encontrar quem tenha uma história para contar. Júlia Lima, de 15 anos, escapou de uma enrascada. Estava usando a pulseira quando foi perseguida por um rapaz. “Quase fui violentada por causa desta pulseira!”, contou.

 Nem todos pararam de usar a pulseira depois que o significado virou público. Samili, de 16 anos, conhece a cor de todas elas. Não pratica o jogo do snap, mas optou por continuar usando a pulseira, apesar do significado sexual.  “Elas são bonitinhas”, disse a adolescente.

Com tantos, riscos as pulseiras deveriam ser usadas apenas em ambientes onde todos concordassem em participar deste jogo. Usá-las como se fosse apenas uma bijuteria é se colocar em risco. Fica então a pergunta: vale a pena?

5 comentários:

gabriel disse...

mto legal o post!
parabéns.

Anônimo disse...

Muito legal este blog e tambem muito enteresante eu simplismente adorei as entrevisata VCS estão de parabéns!
BjuSsss ...

Leo Dias disse...

Eu não acredito nesse, faz sexo quem quer, eu acredito que ninguem é obrigado, mais logico tem as excessões.

Unknown disse...

mtu bom o post... tem mta informação sobre as pulseirinhas... mais continuar usando como acessorio nao tem problema nenhum... cada um sabe o que faz...

Anônimo disse...

Muito bom o blog! Não desistam dessa idéia, e continuem divulgando aquilo que pensam, gerando debates, discussões, e abrindo a porta do mundo de vocês para todos poderem entrar!
Valeu,
Gabriel Daniel